quarta-feira, 27 de maio de 2009

moon

Eu vivia triste e amargurada pelos cantos da casa. Não sentia vontade alguma de viver. E dentro de mim parecia existir uma solidão sem fim. Mas, tudo mudou a partir daquele dia em que pude ver seu rosto esculpido na lua. Pairava sobre ele uma sombra de tristeza.Surgiu como um raio de luz que veio para iluminar minha vida.
Aquele semblante me despertou um interesse fora do comum, e algo me impulsionava para que eu fosse ao seu encontro. Queria ajudá-lo e saber o motivo de sua tristeza. Só eu sei o quanto me doía ver aqueles olhos que pareciam sangrar por dentro. Desesperei tantas vezes porque também sentia seu desespero.
Corri quilômetros, nadei pelos mares, atravessei desertos somente para ir ao encontro dele. Procurei nos mais diversos lugares, mas minha busca foi frustrada. O dia já estava amanhecendo, e a lua já havia ido embora. Acabei adormecendo em um parque, e acordei com seus lábios a tocarem minha boca. Acordei meio assustada, mas ao vê-lo, atirei-me em seus braços e o abracei com toda a intensidade que pude.
Perguntei-lhe o que o afligia , e ele respondeu:
- Eu sofria porque eu te buscava e não a encontrava. Eu estava perdido mas me encontrei no teu amor e te encontrei quando fechei meus olhos e deixei que meu coração me guiasse. Então, te encontrei aqui deitada.
Como estava muito cansada, acabei adormecendo novamente, e ao acordar percebi que já era noite. Olhei para o céu e lá estava a lua, com o rosto esculpido nela. Só havia uma diferença: o semblante parecia feliz.

quinta-feira, 14 de maio de 2009


dança,macarena, risadas, fala, cala, kriptonita,música, roupas, cores, monstros, hippie, heróis, rainha, palhaços, enfermeira, piloto, falas, tropeço, faz, repete, ensaia, de novo, mais uma vez, movimento, deita,abraços, beijos. até a próxima!


conto de fadas? não, isso é o INCENART :)

domingo, 10 de maio de 2009


Faz tempo que não escrevo por aqui né? Na verdade, foi mais por falta de tempo e inspiração. Já faz um tempinho que tenho notado que meu eu poético anda de mal com a minha pessoa. Há uns dias me deu uma crise nostálgica, e remexi em algumas cartas antigas e cd velhos. Dei risadas, lembrei de bastante coisa. O papel mais insignificante torna-se algo com tanto valor depois de alguns anos... mas enfim! Termino esse pequeno post com um poema do Carlos Drummond de Andrade que retrata mais ou menos o que tenho sentido. Aí vai :


Gastei uma hora pensando um verso,

que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo.

Ele está cá dentro

e não quer sair.

Mas a poesia deste momento

inunda minha vida inteira.